Tuesday, March 11, 2008

Cansada

Acordo de madrugada sem saber o que fazer, é como se eu não tivesse ação nenhuma e um vazio imenso fosse me engolir, encolho meu corpo, entro para debaixo do cobertor e tento em vão buscar o conforto da cama quente e macia. Não adianta, minha cabeça está deitada em pedras pontiagudas. Tenho que esperar o dia, o barulho, pra não ouvir o que diz minha mente.

De dia é tudo fingimento, mas não tem ilusão. Vejo tudo acontecendo com lucidez e isso não me agrada. Preferiria não saber nada, fechar os olhos e balançar a cabeça. Por que algo quer tanto sair de dentro de mim?

E não há ninguém pra me consolar. Consigo ficar perto de onde eu vim, do meu óvulo progenitor, fora isso nada faz sentido. Não sou eu. Não quero falar de mim, quero apenas me justificar por alguma coisa. Me justifico por tudo. Ultimamente tenho pedido desculpas por ser humana.