Minha cabeça transbordava melancolia, estava chegando em casa quando começou a tocar Black Trombone do Serge Gainsbourg no rádio. As notas tristes do trombone sonavam com o meu estado. Escutei prestando atenção em cada acorde e palavra. Black trombone, monotone, c’est l’automne de ma vie. É o outono da minha vida... Não sei o que Gainsbourg quis dizer com isso. Mas me senti dentro do outono da minha vida. Aquela estação fria e desfolhada. Monótona. Monotone. Nunca tinha pensado nessa palavra ali no meio da música. Quando ele a cantava, para mim estava se referindo a um “mono tom”, um som sem variação que saía do Black trombone. Foi aí que percebi a origem de monotonia (da palavra e da minha). E isso serve para o “mono tom” das folhas secas de outono.
Wednesday, April 7, 2010
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6 comments:
Há de se pensar que, para florir, é preciso renovar. O outono não precisa ser monótono, porque ele é o prenúncio das cores despretensiosas e encantadoras. Feito você.
Beijos.
Linda música, interessante constatação! Preciso saber mais sobre ele, quero ver o filme, já viste???
Obrigada Ju!
Laine, ainda não vi. mas tô querendo. vou ver se acho pra baixar hehe.
beijinhos
Se baixar me chame!
Não precisa ser outono pra estar meio mono tono...
só precisa estar em BH! rs
zuper...aiaiai...BH sucks...
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